Enterobius vermiculares e Enterobiose

Ovo de Enterobius vermicularis

Helminto

Nematódeo

Família: Oxyuridae.

Morfologia                                                                                                            

• Dimorfismo sexual
• Vermes filiformes, brancos
• Asas cefálicas na porção anterior - sinal patognomônico

• Ovo: 

1. já sai do hospedeiro larvado, sendo o único parasito capaz disto. 
2. membrana dupla, lisa e transparente; formato grosseiro de D.
3. aproximadamente 50 µm

• Fêmea: 

1. mede aproximadamente 1cm de comprimento
2. possui cerca de 60.000 ovos em seu interior

• Macho: 

1. mede menos de 5mm
2. possui a porção posterior (cauda) recurvada
3. presença de espículo nessa região

Observe a recurvação posterior característica
dos machos

Ciclo biológico                                                                                                       

É monoxênico, ou seja, só envolve um hospedeiro, no caso, o homem.

Primeiro ocorre a ingestão do ovo. No trato gastrintestinal, os sucos digestivos vão estimular a eclosão do ovo, liberando a larva (no intestino delgado). 

Após algum tempo, ocorrerá a migração da larva e o crescimento no ceco.

Neste local as larvas vão se reproduzir sexuadamente.

Estima-se que haja a emissão de 5.000 a 15.000 ovos por dia.

No horário da noite ocorre a migração para a região perianal para a deposição de ovos, caracterizada por intenso prurido.

* A ingestão da larva leva à eclosão desta e liberação dos ovos

* O macho morre após a cópula, sendo eliminado junto com as fezes.

Asas cefálicas na parte anterior do verme (projeções)

Patogenia                                                                                                           

A enterobiose ou enterobíase é uma infecção parasitária causada pelo E. vermicularis e possui alta taxa de prevalência em crianças. É conhecida erroneamente por hemorroida.

O sinal clínico patognomônico é o prurido anal. 

Outros sintomas:

• Irritabilidade
• Insônia
• Déficit de aprendizagem
• Aumento do fluxo intestinal

Em meninas pode acontecer a localização errática. As larvas podem se infiltrar pelo canal vaginal, causando erotismos, salpingite, vulvovaginites, corrimento e até infertilidade.

Diagnóstico                                                                                                            

O diagnóstico é feito através de achado de ovos característicos nas fezes.

Entretanto, o método da fita gomada ou método de Graham é mais sensível ao diagnóstico. Uma fita adesiva é colocada ao fundo de um tubo de ensaio com a parte colante voltada para fora. Então é encostada na região perianal do paciente. Em seguida, colada em lâmina com lugol.
O diagnóstico quando está na fase errática pode se dar por biópsia.