Leucócitos são
as células de defesa do organismo, sendo classificadas em polimorfonucleares e
mononucleares, este último, incluindo os linfócitos e monócitos.
Os polimorfonucleares (neutrófilos,
eosinófilos e basófilos) são também chamados de granulócitos.
As células mononucleares também
possuem grânulos, mas são quase imperceptíveis ou escassos.
GRANULÓCITOS
a) NEUTRÓFILOS - São
as células mais abundantes dos leucócitos, representando 40 a 75% do total
deles na corrente sanguínea, ou seja, 1600 a 7150 células/mm³ de sangue.
O citoplasma é acidófilo, com muitos
grânulos róseos finos. O núcleo contém de 2 a 5 lobos e a célula vive em média
de 7 a 8 horas na corrente sanguínea, atuando como defensoras do corpo,
fagocitando principalmente bactérias e alguns fungos. Possuem receptores de
proteínas, imunoglobulinas e de moléculas de adesão.
Quando o neutrófilo se liga ao fator
de necrose tumoral (TNF), ocorre a apoptose.
Em infecções bacterianas ocorre o
bloqueio do receptor de TNF.
A neutrofilia é o aumento de
neutrófilo no sangue periférico, e a neutropenia é a diminuição.
A neutropenia pode ser causada por
deficiências na medula, aumento da utilização celular (saída para os tecidos)
ou migração entre os subcompartimentos do sangue periférico.
A neutrofilia pode ser dada por
infarto, infecções, distúrbios metabólicos ou leucemias.
Neutrófilos
b) EOSINÓFILOS - Representam
cerca de 1 a 5% dos leucócitos, ou seja, de 40 a 550 células/mm³ de sangue.
São pouco maiores que os neutrófilos
e possuem núcleo bi ou trilobulado.
Seus grânulos são esféricos e
maiores que os do neutrófilo, enchendo o citoplasma e corando-se de
laranja-avermelhado.
O citoplasma é levemente basófilo,
com ribossomos e retículo endoplasmático rugoso mais abundante que nos
neutrófilos.
As granulações são compostas por
enzimas e compostos oxidativos.
São ativos à infecções parasitárias
e reações alérgicas. A interleucima 5 (IL-5) causa aumento na liberação de
eosinófilos pela medula.
A imunoglobulina E (IgE) libera o
conteúdo dos grânulos, que contêm histaminases.
Eosinófilo
c) BASÓFILOS - Constituem
cerca de 0 a 2%, ou seja, de 0 a 220 células/mm³ de sangue.
Seu núcleo é obscurecido por
grânulos preto-purpúreos, com tamanho intermediário entre o dos neutrófilos e
eosinófilos. Raramente têm mais de 2 núcleos.
São organizados a partir das mesmas
células precursoras de neutrófilos e eosinófilos, diferenciando-se a partir do
estágio de mielócitos.
Duram cerca de 2 a 3 horas na
corrente sanguínea.
Possuem receptores para IgE, sendo
estimulados pelas IL-3 e IL-5.
Os grânulos são de
glicosaminoglicanos, histamina e fatores quimiotáticos para eosinófilos.
Alguns fatores como doenças
mieloproliferativas, esplectomia, reações alérgicas e processos inflamatórios
podem causar basofilia.
Basófilo
AGRANULÓCITOS
a) LINFÓCITOS - Possuem
citoplasma escasso e núcleo redondo ocupando quase todo o volume celular.
O citoplasma é levemente basófilo,
corando-se de azul pálido. Podem apresentar pequenos números de grânulos
contendo enzimas lisossômicas.
Os linfócitos podem ser do tipo B,
que participam da imunidade humoral a partir da produção de anticorpos, ou
linfócitos T, que possuem função de citotoxidade na imunidade celular,
apresentando antígenos.
As principais causas de linfocitose
são as infecções virais e doenças linfoproliferativas.
Representam cerca de 25 a 40% dos
leucócitos, ou seja, 1000 a 4400 células/mm³ de sangue.
Linfócitos
b) MONÓCITOS - São
as maiores células do sangue periférico.
Apresentam núcleo irregular e
frequentemente lobulado, com grânulos azurófilos finos e citoplasma
cinza-azulado.
O contorno celular é irregular e o
citoplasma pode ser vacuolizado.
Agem por fagocitose e, fora do
tecido sanguíneo são chamados de macrófagos.
Possuem atividade na imunidade
humoral e celular.
As principais causas de monocitose
são a leucemia, tuberculose, coqueluche e infecções bacterianas.
Representam cerca de 2 a 9% dos
leucócitos, ou seja, cerca de 80 a 990 células/mm³ de sangue.
Monócito
PLAQUETAS - Plaquetas não fazem parte do grupo dos leucócitos!
Elas são um dos elementos que fazem parte do sangue e têm um papel muito importante no processo de coagulação. Assim, a alteração dos níveis pode ter consequências graves na nossa saúde.
Os níveis normais de plaquetas no sangue de um adulto oscilam entre 150.000 e 450.000 por milímetro cúbico. Se as análises exibirem valores inferiores ou superiores a esta média, deve dirigir-se imediatamente a um especialista.
Um nível reduzido de plaquetas pode levar a uma hemorragia interna, pois o processo de coagulação é afetado. Se estes valores forem demasiado elevados, pode acontecer o contrário: formação de coágulos, que podem desencadear uma trombose, um enfarte ou um AVC.
Plaquetas entre as hemácias
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