A radiologia tem se mostrado uma ferramenta importante no estudo da
anatomia.
Suas técnicas de imagem fornecem uma visualização de estruturas internas
e densidades corpóreas que antes não poderiam ser vistas sem ser necessário a
abertura ou dissecação do corpo. Deste modo se tornou possível a detecção
de doenças e distúrbios sem a necessidade de um procedimento invasivo e de
demorada recuperação.
A seguir detalhar-se-á alguns métodos de diagnósticos de imagens, suas
aplicações e suas vantagens e desvantagens.
RADIOGRAFIA CONVENCIONAL
A radiologia convencional é a técnica de diagnóstico por
imagem mais utilizada sobretudo na detecção de fraturas por ser o
exame-diagnóstico de menor relação custo-benefício nessas situações.
Utiliza-se
da emissão de fótons de Raios-X que, após a interação com a matéria, chocam-se
contra o filme radiográfico, sensibilizando os sais de prata contidos nesse
filme e formando a imagem latente, que é processada e torna-se visível.
A formação e intensidade das
cores no filme radiográfico irão depender da espessura e da densidade da
matéria. Materiais densos que permitem pouca ou nenhuma passagem dos raios
aparecerão em tons de branco ou cinza, já as estruturas que não absorvem os
raios e permitem uma maior passagem apresentar-se-ão em tonalidades mais escuras
e translúcidas. As principais tonalidades evidenciadas são o ar, gordura, água,
cálcio e metal, em ordem crescente de densidade.
Vantagens: melhor custo para procedimentos de urgência, é rápida.
Desvantagens: Utiliza radiação ionizante, pouca diferenciação de
densidades em comparação a outras técnicas, imagens sobrepostas.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
É
considerado como um dos métodos de exame mais confiáveis e seguros disponíveis
atualmente.
É
aplicada em quase todas as especialidades médicas, com ênfase para o sistema
nervoso central, gênito-urinário, respiratório, cardiovascular, endócrino e
também, no trato gastro-intestinal, em oftalmologia e otorrinolaringologia.
A
Tomografia é rápida, simples não-invasiva e indolor ao paciente. A Tomografia
Computadorizada (TC) utiliza um aparelho de Raios-X que gira à volta do
paciente, emitindo um feixe de raios-X em forma de leque. No lado oposto a essa
fonte, está localizada uma série de detectores que transformam a radiação em um
sinal elétrico que é convertido em imagem digital.
Produz
imagens em “fatias”.
Com a ajuda de um computador, as imagens são processadas para que possam ser vistas em secções (cortes) transversais, podendo ser reformatadas em diferentes planos e manipuladas com o auxilio de softwares específicos. As imagens da região estudada podem então ser examinadas em um monitor ou impressas.
Com a ajuda de um computador, as imagens são processadas para que possam ser vistas em secções (cortes) transversais, podendo ser reformatadas em diferentes planos e manipuladas com o auxilio de softwares específicos. As imagens da região estudada podem então ser examinadas em um monitor ou impressas.
Dá
para diagnosticar facilmente tumores, doenças cardiovasculares, doenças
infecciosas, trauma e distúrbios ósseos e articulares.
Vantagens: permite boa visualização de tecido
mole; útil para diagnosticar alterações em ossos muito pequenos; distinção
entre tecidos;
Desvantagens: radiação ionizante; ainda não é capaz de diferenciar
perfeitamente as massas do cérebro.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
A ressonância magnética (RM) é
uma técnica radiológica que permite a visualização de estruturas corpóreas
internas sem a necessidade de abrir cirurgicamente o paciente.
É diferente
da Tomografia Computadorizada e da Radiologia Convencional pois faz uso de poderosos magnetos (ímã) e ondas de rádio para a
formação da imagem.
A força do
campo magnético gerado pelo ímã interage com as moléculas de hidrogênio e
alinha os átomos do corpo e, quando as ondas de rádio interagem com esses
átomos, elas são repelidas e um computador registra essa variação.
Um único
exame pode formar centenas de imagens em diferentes níveis corpóreos,
evidenciando ossos ou tecidos moles. O uso da RM juntamente com outros exames
complementares pode levar o clínico ao diagnóstico definitivo de uma
determinada patologia, sendo um importante exame principalmente na área da
neurologia.
Para a
formação de imagens com melhores qualidades, o profissional pode recorrer ao
uso de contrastes especiais aplicados endovenosamente com o intuito de
evidenciar determinadas estruturas.
Durante a
realização do exame são emitidos diferentes tipos de sons em diferentes
alturas, portanto é necessária proteção auditiva apropriada. É importante
também verificar a presença de objetos ou implantes metálicos (marca-passos,
por exemplo) no paciente pois a força do ímã pode deslocar esses materiais e
causar possíveis danos.
Vantagens: Não faz uso de radiação ionizante; o
contraste, ainda que radioativo, não possui efeitos deletérios e possuem curto tempo de meia-vida; gera imagens em qualquer plano.
Desvantagens: Pessoas com marca-passos
ou pinos de metal não podem ser submetidas ao exame, pessoas claustrofóbicas
não ficam à vontade e muitas vezes precisam ser sedadas, apresenta risco
auditivo pelo som produzido.
ULTRASSONOGRAFIA
O
princípio básico do ultrassom é usar ondas sonoras para representar imagens
internas do corpo. Neste exame as imagens são em tempo real, podendo acompanhar
pulsações e movimentos peristálticos.
É
indolor e preciso.
Algumas
estruturas visíveis são tireóide, vesícula biliar, intestinos, próstata, bolsa
escrotal, útero, músculos e tendões. Também pode revelar imagens no interior
das artérias para diagnosticar o acúmulo de placas de gordura.
É
bastante usado no pré-natal para ver o desenvolvimento do feto e também
diagnosticar qualquer anormalidade na gravidez. Algumas coisas que podem ser
diagnosticadas com um ultrassom fetal incluem problemas na placenta, defeitos
cardíacos congênitos do feto e ainda observar uma gravidez múltipla. O ultrassom Doppler permite a
visualização do fluxo de sangue do bebê.
Utiliza
um transdutor que será guiado na superfície do corpo e
propaga as ondas e as capta de volta.
Vantagens: relativamente barata; rápida; produz
imagens em tempo real; não utiliza radiação ionizante.
Desvantagens: poucos contrastes; baixa resolução.
Parabéns pelo texto, mas duas incorreções devem ser desfeitas: a primeira se refere à ausência de radiação ionizante na ressonância magnética e no ultrassom. Todavia, em todas as modalidades descritas são usados algum tipo de radiação, ainda que não ionizante. Segunda, na ressonância magnética, os contrastes são radioativos sim, ainda que não lesem o organismo por apresentarem tempo de meia-vida muito curto.
ResponderExcluirObrigado pelas considerações! Tópicos corrigidos!
ExcluirOi gente eu estou a pedir ajuda acerca da matéria de radiologia antes da era digital. Eu estou a fazer um trabalho de conclusão do meu curso. Obrigado
ResponderExcluirQual a bibliografia?
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